Meios antigos de se comunicar e comentários foram percursores das redes sociais, diz livro
As primeiras redes sociais da internet surgiram na década de 1990, quando nem todas as pessoas podiam ter acesso a um computador e a uma internet rápida e estável com a rede. Nos nossos dias, há quem não consiga viver sem Twitter ou Facebook. Mas um livro do historiador Tom Standage pode marcar novas fronteiras para esse fenômeno: segundo o autor, os romanos já usavam meios primitivos de mídias sociais que foram a base para evoluções na comunicação
Para entender a explicação de Standage, é preciso definir o conceito sobre mídia social: para ele, não se trata só de algo na internet, mas uma mídia que você obtém dentro de uma comunidade de distribuição.
No caso dos romanos, em meio o período Republicano, a elite letrada vivia trocando cartas entre eles. Essas correspondências, todas de papiro e produzidas por escravos que viraram escribas, eram copiadas para armazenamento ou espalhamento mais rápido e recebiam comentários dos autores, que incluíam o político romano Cícero. Entre os temas discutidos, estavam movimentações políticas e opiniões próprias dos autores.
Tablet romano
Standage também encontrou referências às redes sociais na forma de uma tábua de cera que tinha o tamanho de um de nossos tablets. Nessa tabua, os romanos escreviam recados, questionamentos ou anúncios oficiais, como decretos de feriados, nascimentos e óbitos, além de outras informações oficiais.
Essa tábua, o "iPad da Roma Antiga", era levado por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem. "Esse sistema é provavelmente o antepassado mais antigo do torpedo de celular", compara o autor.
Outra curiosidade relatada no livro é que o hábito de abreviar palavras e expressões, amplamente usado nos dias de hoje, também era comum entre os romanos. Entre as expressões mais correntes estavam "SPD", que significa "Envia muitos cumprimentos" e S.V.B.E.E.V: "Se você está bem, que bom. Eu estou bem".
Nenhum comentário:
Postar um comentário